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Marco histórico para o mercado de câmbio: setor conquista cadeira no CRSFN

Após mais de 10 anos de espera, o mercado de câmbio passa a ter representação no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN),  última instância administrativa para recursos contra decisões do Banco Central (BC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O advogado Pedro Eroles foi designado membro suplente pelo Ministério da Fazenda, a partir de lista tríplice apresentada por entidades representativas do segmento.  

O CRSFN, conhecido no meio financeiro como “Conselhinho”, é um órgão colegiado paritário formado por representantes do governo e do mercado. Ele julga recursos em casos complexos que envolvem regulação cambial, prevenção à lavagem de dinheiro, compliance, mercado de valores mobiliários e capitais estrangeiros. Até agora, o segmento de câmbio não contava com um representante com vivência prática nas operações, o que dificultava trazer ao colegiado a perspectiva de quem atua diretamente no dia a dia dessas transações. 

Para Kelly Gallego Massaro, presidente da Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM), a decisão encerra uma lacuna histórica de representatividade. “Esta nomeação é a culminação de um esforço coletivo de mais de uma década. Ter um profissional com experiência no setor entre os integrantes do CRSFN é um avanço para o equilíbrio de perspectivas nas análises e julgamentos”, afirma. 

O diretor da ABRACAM, Fernando Borges, reforça a confiança no novo integrante: “A trajetória do Dr. Pedro Eroles é marcada por sólida atuação técnica. Sua presença no Conselho fortalece a qualidade das discussões e amplia a compreensão sobre as especificidades do mercado de câmbio”. 

Ao comentar sua nomeação, Pedro Eroles destacou o caráter técnico da função: “Assumo esta função com grande senso de responsabilidade e o compromisso de contribuir para que as decisões sejam cada vez mais alinhadas à complexidade e à dinâmica das operações financeiras, sempre dentro do mais alto rigor regulatório”. 

Com mandato de três anos, o suplente poderá participar das deliberações sempre que convocado. A expectativa é que a presença do setor no CRSFN fortaleça o diálogo institucional, qualifique os julgamentos e contribua para a evolução da regulação,  em um momento-chave de modernização das normas e ampliação da inserção do Brasil no comércio e nas finanças internacionais.

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