Rafaela Gonçalves
A reabertura de fronteiras e a retomada das viagens após o período de demanda reprimida provocado pela pandemia de covid-19, pode pressionar ainda mais o valor das moedas para o turismo
A reabertura de fronteiras e a retomada das viagens após o período de demanda reprimida provocado pela pandemia de covid-19, pode pressionar ainda mais o valor das moedas para o turismo. “A pandemia refreou bastante os planos de quem queria viajar. Então, com essa demanda represada, as pessoas acabam decidindo viajar com menos planejamento do que deveria haver”, lembrou Jônatas Bueno, educador financeiro e consultor da Techfinance.
Se por um lado o dólar aumentou, viajar para a Europa acabou ficando relativamente mais barato. Na última semana, o euro sofreu forte desvalorização, atingindo a menor cotação ante o dólar em duas décadas. A moeda, que sempre foi uma das mais caras do mundo, está sendo vendida em média a R$ 5,78. O que era inimaginável há algum tempo pode acontecer nos próximos dias: a paridade, em que um dólar pode ser trocado por um euro. Assim, destinos como Itália, Grécia ou Espanha estão mais acessíveis.
Qualquer que seja o destino, porém, a recomendação é sempre comprar a moeda aos poucos. “O ideal é se programar com antecedência. Não é interessante atrelar todo o custo da viagem a uma cotação. Uma vez que a pessoa já está adquirindo o dólar, o que deve acontecer é uma alteração eventual na programação da viagem”, aconselha o consultor financeiro.
Houve tempo em que viajar para o exterior era sinônimo de compras, mas, hoje, a realidade é outra. Com o câmbio cada vez mais pressionado, o consumidor precisa estar muito atento para evitar gastos desnecessários. A inflação também assombra todas as economias do mundo, encarecendo os produtos e diminuindo o poder de compra do consumidor.
Compras
A estudante Gabriela Lima, de 24 anos, vai para Nova York com a família no início de agosto. “A última vez em que fui, em 2018, o dólar estava por volta dos R$ 3. Antes, eu comprava muito. Hoje, estou me programando para fazer uma viagem com gastos mais contidos”, contou.
Gabriela passou nove meses juntando dinheiro para a viagem. A expectativa era de que o dólar estivesse um pouco mais barato perto da data de partida, mas ela precisou rever alguns planos na tentativa de conter gastos. “Já fui programando tudo daqui, até chip de celular eu já vou levar para ficar menos caro. Já estou indo também com uma lista de compras e comparando com os preços daqui. Muitas vezes, nem vale a pena comprar lá fora”, disse.
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